15 outubro, domingo, 11H00;
Sé do Funchal · Funchal;
MISSA DOMINICAL
Cónego Marcos Gonçalves, celebrante;
João Vaz, órgão;
Beatriz Resendes, órgão de coro;
Capella de S. Vicente:
Joana Timóteo, Rita Carvão, Salomé Monteiro, sopranos;
Catarina Baptista, Rita Meireles, altos;
João Borges, João Coutinho, Pedro Rodrigues, tenores;
Martim Líbano Monteiro, Mateus Líbano Monteiro, baixos;
Pedro Rodrigues, direcção.
Grande parte da música que envolve órgão foi concebida com um propósito litúrgico. À semelhança do que outros artistas do Festival de Órgão da Madeira fizeram em anos anteriores, a Capella de S. Vicente colabora numa eucaristia dominical da Sé do Funchal, como o faz regularmente na Igreja de São Vicente de Fora em Lisboa. A música religiosa portuguesa e inglesa (nomeadamente a de Edward Elgar, que era católico) poderá ser ouvida no contexto para o qual foi produzida.
João Vaz
Natural de Lisboa, João Vaz é diplomado em Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação de Antoine Sibertin-Blanc, e pelo Conservatório Superior de Música de Aragão, em Saragoça, onde estudou com José Luis González Uriol, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. É também doutorado em Música e Musicologia pela Universidade de Évora, tendo defendido, sob a orientação de Rui Vieira Nery, uma tese sobre a música portuguesa para órgão no final do Antigo Regime. Tem mantido uma intensa actividade a nível internacional, quer como concertista, quer como docente em cursos de aperfeiçoamento organístico, ou membro de júri de concursos de interpretação. Efectuou mais de uma dezena de gravações discográficas a solo, salientando-se as efectuadas em órgãos históricos portugueses. Lecciona actualmente Órgão na Escola Superior de Música de Lisboa. É actualmente director artístico do Festival de Órgão da Madeira e das séries de concertos que se realizam nos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra (de cujo restauro foi consultor permanente) e no órgão histórico da Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa (instrumento cuja titularidade assumiu em 1997). Em 2017 foi agraciado com a Medalha de Honra do Município de Mafra.
Capella de S. Vicente
Criada em 2021, a Capella de S. Vicente é uma ramificação da Capella Patriarchal, (agrupamento destinado fundamentalmente à divulgação dos tesouros da música sacra portuguesa) e tem como objectivo principal a prática coral como parte integrante da formação do indivíduo. Com uma formação base de oito coralistas universitários, que frequentam ou que frequentaram estudos avançados de Música, a Capella de S. Vicente tem procura adquirir experiência, quer ao nível da investigação das fontes musicais históricas, quer ao nível da elevada qualidade da execução performativa, assumindo um intenso esforço de observação das práticas interpretativas das diversas épocas. Essa experiência é maioritariamente transmitida aos coralistas de dois modos: a colaboração pessoal com a equipa musical da Capella Patriarchal e a aprendizagem musical e estilística obtida através da experiência dos seus directores artísticos João Vaz e Pedro Rodrigues. Abordando um repertório amplo, desde o canto Gregoriano à música contemporânea, a Capella de S. Vicente tem também como missão contribuir para a reactivação da prática musical de excelência ao serviço da liturgia. Desde a sua formação, em parceria com o Patriarcado de Lisboa e com a Reitoria da Igreja de São Vicente de Fora, o seu serviço musical organiza-se em três ciclos: ciclo de missas com coro, visitas com música ao Museu do Patriarcado de Lisboa e concertos nas igrejas.
Beatriz Resendes
Natural de Lisboa, iniciou os seus estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa, estudando órgão com António Esteireiro, onde concluiu o curso secundário de Música. Durante o seu percurso académico musical teve a oportunidade de participar em diversas masterclasses com professores como François Espinasse, Jean Ferrard, Hans-Ola Ericsson, Jan Willem Jansen, Roberto Antonello e José Luis González Uriol. Destaca-se a sua participação, como Young Talent, no Festival de Órgão de Haarlem em 2012 onde tocou nas masterclasses de Margaret Phillips e Olivier Latry. Como solista, apresentou-se em recitais na Sé de Lisboa, na Igreja de Nossa Senhora do Cabo, nos ciclos de concertos do Mosteiro dos Jerónimos (2012 e 2013) e no Festival de Órgão do Algarve (2020). Em 2013 ganhou o 1º prémio do concurso de órgão do Conservatório de Música de Ourém e Fátima. Em 2017, terminou, com a nota máxima, a licenciatura em Órgão na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de João Vaz.
Pedro Rodrigues
Formou-se inicialmente no Instituto Gregoriano de Lisboa. Licenciado em Direcção Coral e Formação Musical pela Escola Superior de Música de Lisboa, foi aluno em Direcção de Orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra (Orquestra Metropolitana de Lisboa) sob orientação do maestro Jean-Marc Burfin. Foi maestro titular da Schola Cantorum da Basílica da Estrela, docente no Conservatório Metropolitano de Lisboa e na Escola Música Luís António Maldonado Rodrigues (Torres Vedras), nas disciplinas de Orquestra e Coro. Foi membro do Núcleo Coordenador dos Órgãos Históricos de Santarém. É membro fundador e director musical of Capella de S. Vicente. É membro do Coro Gulbenkian e do Coro Gregoriano de Lisboa.