Segunda-feira, 24 de outubro, 15h00 A aldeira de Dó-Mi-Sol A Aldeia de Dó-Mi-Sol (narração para crianças) A ideia de elaborar um livro e um CD infantil surgiu no âmbito do meu projeto de Mestrado, o qual foi focado sobre a improvisação. Para aprofundar os meus conhecimentos em relação a esta arte de execução, o professor da disciplina de improvisação, António Esteireiro, sugeriu que começasse a improvisar sobre melodias popularizadas. Depois de improvisadas uma, duas, três melodias pensei: “Porque não realizar uma história com música que, de uma maneira mais atrativa, pudesse demonstrar o instrumento?” Escolhi uma criança para ser o autor da história. Pensei num grande amigo, um “irmão”, Renato Gonçalves, um adolescente de 14 anos. As melodias popularizadas foram escolhidas também pelo Renato. Em relação à música, as personagens da história, essas, apresentam todas um registo caraterístico que permite mostrar as várias sonoridades do instrumento. As improvisações realizadas serão baseadas no método Breaking Free de Jeffrey Brilhart e explorarão diversas técnicas de improvisação. O livro e CD A Aldeia de Dó Mi Sol é dedicado a crianças entre 6 a 13 anos: para as crianças que estão numa fase inicial do seu percurso musical, pretendo dar a conhecer algumas técnicas de improvisação, estimulando a curiosidade para a exploração dos objetos sonoros. Para as crianças que ainda não iniciaram o seu percurso musical tenciono, de uma forma lúdica, demonstrar o instrumento, despertando o gosto para uma possível aprendizagem do mesmo. Inês Machado |
Participantes
Inês Machado Natural de Fátima, Inês Machado iniciou os seus estudos musicais aos oito anos, na classe de órgão da professora Margarida Oliveira, no Conservatório de Música de Ourém. Na Escola Superior de Música de Lisboa obteve os diplomas de Licenciatura em Música e Mestrado em Ensino da Música (ramo Órgão), sob orientação de João Vaz. Frequentou diversas masterclasses com personalidades nacionais e internacionais, tais como António Esteireiro, Bernard Foccroulle, José Luis González Uriol, Javier Artigas, Franz Josef Stoiber, Mauricio Croci, Pieter Van Dijk e Frank Van Wijk. Tem-se apresentado a solo e em grupo por todo o país, destacando a sua participação no Festival Internacional de Órgão do Porto e Grande Porto e nos concertos a seis órgãos na Basílica do Palácio Nacional de Mafra. Em Janeiro de 2016 lançou o seu primeiro livro infantil com CD intitulado de A Aldeia de Dó Mi Sol. Actualmente é professora de Órgão no Conservatório de Música de Ourém e Fátima, e organista titular da Igreja Paroquial de Fátima. |
Sofia Maul Nascida na Madeira a 16 de Novembro de 1973, é tradutora desde 1974, terapeuta da fala desde 2000, mãe desde 2009, escutadora de histórias desde sempre, contadora de histórias desde 1975 e faz parte, desde 2006, dos Contabandistas, um grupo muito activo na promoção de contadores de histórias e da narração oral como forma de arte performativa contemporânea. Desde 2004 faz parte da bolsa de contadores da Biblioteca Municipal de Oeiras, onde fez variadas formações no âmbito do projeto Histórias de Ida e Volta. Outras atividades importantes para o seu percurso foram workshops de clown e mímica e viagens que realizou para ouvir contar e contar (Irlanda, Espanha, Reino Unido, Itália e Bélgica). Diz que o que a empurra como contadora é “ouvir e ler e escrever e trabalhar e partilhar contos para construir repertório para poder viajar para ouvir mais contos...”. Em Setembro de 2016 organizou com a Associação Musical e Cultural Xarabanda o primeiro festival de narração oral da Madeira – EVA, Era uma Vez no Atlântico – integrado numa rede de festivais de narração da orla atlântica que incluem o Atlantica na Galiza, o Terra Incógnita em Lisboa, o Conto Contigo na Praia na Terceira e Rencontres de l’Imaginaire na Bretanha. Afirma que as suas histórias vêm de perto e de longe, mas as que mais gosta de partilhar são as que vêm da pequena ilha no meio do Atlântico, para onde regressou após alguns anos a viver fora, para abraçar família e amigos e para contar e recolher histórias. |
Notas ao Órgão
Igreja de São João Evangelista (Colégio), Funchal
Este instrumento, com os seus 1586 tubos sonoros, integra-se num espaço sagrado de características bem particulares. Tratando-se de uma igreja de arquitectura típica dos colégios jesuítas, com uma nave de admirável amplitude e com acústica bastante amena, o órgão tinha de ser concebido, especialmente no que diz respeito às medidas dos tubos, com cuidado muito especial e singular. Assim, toda a tubaria deste instrumento, talhada em medidas largas, ecoa com intensa profundidade, e cada registo emite uma sonoridade com personalidade própria, fazendo parte de um conjunto harmónico mais baseado em sons fundamentais e menos em timbres resultantes dos harmónicos. Entendeu-se que seria indispensável doar este instrumento de uma certa “latinidade” sonora capaz de favorecer a execução de música antiga das escolas italiana, espanhola e portuguesa dos séculos XVII e XVIII.
Outro aspecto tomado em conta foi a necessidade de complementar o panorama organístico actual e local: o novo grande órgão presta-se, de uma forma ideal, para a realização de obras de épocas e de exigências técnico-artísticas para as quais nenhum dos 24 instrumentos históricos da Madeira oferece as condições adequadas, valorizando, para além disso, o conjunto do património organístico da Ilha da Madeira através da sua própria existência neste particular espaço sagrado, bem como por meio da sua convivência com os espécimes históricos. Na própria decisão de o colocar na Igreja do Colégio foram tomados em conta não apenas o espaço acústico, estético e litúrgico, mas também o facto de nele existir um importante órgão histórico que faz parte do rol dos instrumentos actualmente em via de serem restaurados.
I Manual - Órgão Principal (C-g’’’)
Flautado aberto de 12 palmos (8’)
Flautado tapado de 12 palmos (8’)
Oitava real (4’)
Tapado de 6 palmos (4’)
Quinzena (2’)
Dezanovena e 22ª
Mistura III
Corneta IV
Trompa de batalha* (mão esquerda)
Clarim* (mão direita)
Fagote* (mão esquerda)
Clarineta* (mão direita)
II Manual - Órgão Positivo (C-g’’’)
Flautado aberto de 12 palmos (8’)
Tapado de 12 palmos (8’)
Flautado aberto de 6 palmos (4’)
Dozena (2 2/3’)
Quinzena (2’)
Dezassetena (1 3/5’)
Dezanovena (1 1/3)
Címbala III
Trompa real (8’)
Pedal (C-f’)
Tapado de 24 palmos (16’)
Bordão de 12 palmos (8’)
Flautado de 6 palmos (4’)
Contrafagote de 24 palmos (16’)
Trompa de 12 palmos (8’)
Acoplamentos
II/I
I/Pedal
II/Pedal
* palhetas horizontais