Sexta-feira, 27 de outubro, 18h00 ´O que é um festival de órgão?´ A partir do final do século XIX, o órgão – por excelência o instrumento da Igreja – tem se vindo a abrir ao público em geral através de uma grande variedade de manifestações. Jan Willem Jansen (um dos primeiros diretores artísticos do festival Toulouse les Orgues) e João Vaz (que dirige o Festival de Órgão da Madeira desde a sua criação) partilham as suas ideias em relação ao futuro do rei dos instrumentos. |
Participantes
Jan Willem Jansen Após os seus estudos com Jan Warmick, Willem Mesdag e Wim van Beek, obtém em 1977 o diploma de solista do Conservatório Real de Haia aperfeiçoando-se posteriormente em cravo com Ton Koopman em Amsterdão. Prossegue então os seus estudos em França com Xavier Darasse, de quem virá a ser colaborador pedagógico no Conservatório de Toulouse, onde ensina atualmente órgão e cravo. É, igualmente, co-fundador do Departamento de Música Antiga daquele estabelecimento e assegura, ao lado de Michel Bouvard, a responsabilidade do novo departamento superior «Orgues et Claviers». Co-fundador, em 1996, com Michel Bouvard, do Festival Internacional festival «Toulouse les Orgues», Jan Willem Jansen foi durante largos anos diretor artístico daquele evento. Por ocasião da edição de 1997, gravou para a coleção Tempéraments a obra integral de órgão de Nikolaus Bruhns, completada com cantatas do mesmo compositor, interpretadas pelo Parlement de Musique sob a direção de Martin Gester. Em 1998, ele gravou um CD dedicado a Joan Cabanilles, no órgão histórico da Igreja de San Pablo em Saragoça. A sua atividade de intérprete leva-o a tocar com os mais importantes ensembles barrocos europeus, nomeadamente La Chapelle Royale de Paris, o Collegium Vocale de Gand, Hesperion XX, Les Sacqueboutiers de Toulouse e o Ensemble Baroque de Limoges. É também titular do órgão Ahrend do Musée des Augustins assim como do instrumento histórico da Basílica Notre-Dame de la Daurade em Toulouse. |
João Vaz Natural de Lisboa, João Vaz é diplomado em Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação de Antoine Sibertin-Blanc, e pelo Conservatório Superior de Música de Aragão, em Saragoça, onde estudou com José Luis González Uriol, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. É também doutorado em Música e Musicologia pela Universidade de Évora, tendo defendido, sob a orientação de Rui Vieira Nery, uma tese sobre a música portuguesa para órgão no final do Antigo Regime. Tem mantido uma intensa atividade a nível internacional, quer como concertista, quer como docente em cursos de aperfeiçoamento organístico, ou membro de júri de concursos de interpretação, e efetuou mais de uma dezena de gravações discográficas a solo. A atenção que, enquanto executante e musicólogo, tem dado à música sacra portuguesa, manifesta-se nos seus artigos, edições musicais e na criação, em 2006, do grupo Capella Patriarchal, que dirige. Leciona atualmente Órgão na Escola Superior de Música de Lisboa e é director artístico do Festival de Órgão da Madeira e das séries de concertos que se realizam nos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra (de cujo restauro foi consultor permanente) e no órgão histórico da Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa (instrumento cuja titularidade assumiu em 1997). |