Quarta-feira, 14 de outubro, 21h30
Igreja de Santa Luzia
Richard Brasier (órgão)
Thomas Attwood (1765-1838)
Dirge
(Executado no funeral de Nelson na Catedral de São Paulo em 9 de Janeiro de 1806)
Samuel Wesley (1766-1837)
Air and Gavotte
Georg Friderich Haendel (1685-1759)
Tunes for Clays Musical Clock
A Voluntary or a Flight of Angels
Menuet
Gavotte
Gigue
Robert White (1538-1574)
Fantasia 1
Orlando Gibbons (1583-1625)
Fantasia a quatro vozes
Thomas Tallis (c.1505-1585)
Antífona Clarifica me Pater (3 versos)
John Stanley (1712-1786)
Voluntary em Dó maior Op.5 no.1
Adagio
Andante
Slow
Allegro
Henry Purcell (1659-1695)
Voluntary em Sol maior
William Byrd (c.1539-1623)
A Fancie
Participantes
Richard Brasier Richard Brasier, nascido em 1988, diplomou-se na Royal Academy of Music em Londres, onde estudou com David Titterington e Nicolas Kynaston. Com a ajuda da prestigiada bolsa Nicholas Danby Scholarship, continuou os seus estudos com Johannes Geffert na Hochschule für Musik und Tanz, Colónia. É muito requisitado como solista, músico de câmara e acompanhador, e está a afirmar-se rapidamente como “um dos jovens organistas mais dinâmicos da sua geração” (West Deutsche Zeitung). Como solista e músico de câmara tem-se apresentado em concerto em todo o Reino Unido e na Europa em séries de recitais e os principais festivais internacionais. Em 2014, deu o concerto inaugural no novo órgão Klais de S. Joseph, Bona, executando concertos de Poulenc e Rheinberger. Entre os seus próximos compromissos são recitais e concertos em igrejas a salas de concerto no Reino Unido, na Europa e nos EUA. Também se apresentou na BBC Rádio, ITV televisão, Rádio Vaticano, e noutras estações internacionais. Além do seu trabalho como executante, é ativo como professor. Atualmente dá masterclasses individuais e em grupo na Escola de Órgão da Academia do Royal College of Organists, e é professor de órgão na Escola de Sevenoaks. Como editor, publicou a música de órgão de William Wolstenholme na Dr.J.Butz Musikverlag em Bona, como parte da série “Música Inglesa e Americana para Órgão”. |
Notas ao Órgão
Igreja de Santa Luzia
De acordo com os registos de despesas relativamente aos anos 1839 e 1841, verifica-se que foram efectuadas remunerações a cantores e organistas, facto que nos permite admitir, à partida, que a Igreja de Santa Luzia já dispunha de um órgão de tubos, provavelmente bem antigo, que viria a ser substituído com a chegada do instrumento proveniente do extinto Convento de São Francisco. Este segundo órgão foi adquirido no ano de 1834; no entanto, a sua deslocação para a Igreja de Santa Luzia só veio a acontecer em 1842, tendo o Padre Joaquim António Português anotado no Livro da Fábrica, a 15 de Janeiro desse ano, uma quantia extra para pagamento do seu transporte definitivo para a igreja: “50.000 réis que dei a quem diligenciou o órgão de S. Francisco para esta freguesia por não ter recebido e do diligenciador Fr. António das Dores ter falecido”.
No decorrer do século XX, este instrumento foi sujeito a inúmeras intervenções de manutenção, cujas despesas foram pagas em alguns momentos através de donativos atribuídos por diversos paroquianos. Segundo o registo do Livro da Fábrica, em 20 de Dezembro de 1902, o órgão era consertado pela quantia de 300$00 (réis ?) a expensas do Sr. Augusto Camarrinha, residente no Pará (Matos 1996: 44); em 1936 e em 1940 eram gastos 320$00 e 150$00 (escudos), respectivamente, para outros dois consertos do instrumento. Entre 1950, altura em que decorriam as obras de reparação do soalho e do coro, e 1963 seguiu-se uma nova, mas inadequada, intervenção que foi levada a cabo pelo mestre António Gomes Jardim, natural da Ribeira da Janela.
Não foi possível identificar o construtor do órgão. Manuel Valença descreve-o como um “órgão Positivo de fabrico inglês com características muito peculiares – um só manual, com sete registos inteiros e três partidos, considerado, no seu género, um dos melhores da Diocese” e Christopher Kent, professor do Departamento de Música da Universidade de Reading, na Inglaterra, regista a sua feitura em Inglaterra, datando-o, segundo a inscrição encontrada nos tubos, de 1815-1820. Acrescenta que é “um dos órgãos famosos, como alguns outros da mesma fábrica e época, que existem em Inglaterra".
Foi restaurado em 2013 pelo organeiro Dinarte Machado.
Manual (GG, AA, C-f´´´)
Open Diapason 8’
Stop Diapason (Sol1-si)
Stop Diapason (dó1-fá3’)
Bourdon 8’ (Sol1-si)
Principal 4’
Flute 4’ (dó1-fá3’)
Fifteenth 2’
Cornet (Sol1-si)
Sesquialtera (dó1-fá3)
Trumpet (fá1-fá3)