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orgao grande2Terça-feira, 13 de outubro, 18h00 
Sala do pátio, Reitoria da UMa 


Pe. Ignacio Ferreira, Dinarte Machado e João Vaz (conferencia) 


O órgão na Região Autónoma da Madeira 

Na sequência das conferências realizadas em 2012 e 2013, nas quais se traçou uma panorâmica da presença do órgão na história portuguesa através de testemunhos deixados ao longo dos séculos e se apontou a situação atual do órgão na liturgia, numa perspectiva de compreensão do próprio instrumento e do papel que desempenhou em diferentes períodos da História, esta conferência pretende fazer um balanço das atividades levadas a cabo na Região Autónoma da Madeira durante as últimas décadas e lançar pistas para o futuro da utilização do órgão, tendo em conta as necessidades culturais e litúrgicas de hoje e a variedade de instrumentos que dotam as igrejas madeirenses.


Participantes


 

Pe IgnacioPe. Ignácio Victor Figueira Rodrigues

Pe. Ignácio Victor Figueira Rodrigues, nasceu no dia 31 de Julho de 1972 em Caracas, Venezuela. Ingressou em 1996, já com 24 anos, no Seminário Diocesano do Funchal. Frequentou os dois primeiros anos filosóficos na Escola Teológica do Seminário do Funchal. A partir do terceiro ano de teologia continua a sua caminhada no Seminário Maior de Cristo Rei - Olivais, Lisboa. No ano de 2005 estudou gregoriano e completou o ano propedêutico no Instituto Pontifício de Música Sacra em Roma, para frequentar o curso de Composição em Música Sacra. Foi ordenado Padre a 30 de Julho de 2005, na Sé do Funchal por D. Teodoro de Faria. Em 2006 foi enviado para Paris como Capelão da Comunidade Portuguesa de São Francisco Xavier. Ingressou na École Normale de Musique de Paris, onde tem aulas de Piano com o professor Michael Wladkowski e Odile Delangle, Harmonia ao piano com Narcis Bonet; Harmonia e Composição com Roselyne Masset-Lecocq, Análise com Narcis Bonet e Jean-Dominique Pasquet; História da Música com Franck Tourre e Formação musical com Catherine Maffei. Atualmente exerce as funções de Vigário Paroquial e Mestre Capela da Sé do Funchal e responsável pela Música Sacra. Professor de Música no Seminário de Nossa Senhora de Fátima e na Escola de Ministérios da Diocese do Funchal e membro da Equipa Diocesana de Liturgia.

Dinarte MachadoDinarte Machado

Desde muito jovem, esteve ligado á música, surgindo o primeiro contacto com os órgãos de tubos ainda com vinte anos de idade, por necessidade imperiosa de restauro no órgão da Igreja Matriz de S. Jorge, no Nordeste, ilha de S. Miguel, lugar que o vira crescer. Em 1987 monta atelier em Ponta Delgada, dedicando-se exclusivamente ao trabalho de organaria, efetuando o seu primeiro restauro: órgão da Igreja Matriz da Ribeira Grande, em S. Miguel. Depois vão-se sucedendo outros restauros em órgãos dos Açores, Madeira, Continente e Espanha e até à data realizou setenta e sete restauros em órgãos históricos, na sua maioria da escola de organaria portuguesa, da segunda metade do século XVIII, em cuja área é especialista. No campo da construção tem feito alguns órgãos de pequena dimensão para estudo e construiu nove instrumentos de maior envergadura, como o que se destinou à Igreja do Colégio do Funchal. Realizou os inventários dos órgãos dos Açores e da Madeira, cujos trabalhos já se encontram publicados. Em 1993, trabalhou em Espanha, com o Mestre Organeiro, Gerhard Grenzing, no restauro do órgão histórico do Palácio Real de Madrid. No Congresso Internacional realizado em Mafra, no ano de 1994, demonstra a existência de diferenças entre os órgãos espanhóis e portugueses a partir da segunda metade do século XVIII. Foi responsável pelo restauro dos seis órgãos da Basílica de Mafra, construídos no reinado de D. João VI, conjunto único no mundo e que representa o expoente da escola de organaria portuguesa, cujo trabalho foi inaugurado em 15 de Maio de 2010. Foi este trabalho reconhecido com o Prémio Europa Nostra em 1 de Junho de 2012. Em Julho de 2010 foi condecorado com a comenda da Ordem de Mérito, por Sua Exa. Senhor Presidente da República. Terminou em 2014 o restauro do maior órgão construído em Portugal, o Órgão Histórico do Mosteiro de Lorvão.

Joao Vaz Telma Verissimo1João Vaz

Natural de Lisboa, João Vaz é doutorado em Música e Musicologia pela Universidade de Évora, tendo defendido a tese A obra para órgão de Fr. José Marques e Silva (1782-1837) e o fim da tradição organística em Portugal no Antigo Regime, sob a orientação de Rui Vieira Nery. É diplomado em Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou sob a orientação de Antoine Sibertin-Blanc, e pelo Conservatório Superior de Música de Aragão em Saragoça, tendo trabalhado com José Luis González Uriol, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo também licenciado em Arquitetura pela Universidade Técnica de Lisboa. Tem mantido uma intensa atividade a nível internacional, quer como concertista, quer como docente, em cursos de aperfeiçoamento organístico. Efetuou mais de uma dezena de gravações discográficas a solo, salientando-se as efectuadas em órgãos históricos portugueses. Como executante e musicólogo tem dado especial atenção à música sacra portuguesa, fundando em 2006 o grupo Capella Patriarchal, que dirige. As suas publicações incluem artigos que incidem sobretudo na música de tecla portuguesa. Lecciona atualmente Órgão na Escola Superior de Música de Lisboa, tendo também exercido funções docentes no Instituto Gregoriano de Lisboa, Universidade de Évora e Universidade Católica Portuguesa (Escola das Artes). Fundador do Festival Internacional de Órgão de Lisboa em 1998, é atualmente diretor artístico das séries de concertos que se realizam nos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra (de cujo restauro foi consultor permanente) e no órgão histórico da Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa (instrumento cuja titularidade assumiu em 1997).